Como usar o estilo grunge para ir ao show do Pearl Jam

Não sabe com que roupa ir a um show de rock? Se inspire no estilo grunge dos anos 90 na hora de se arrumar! A ordem aqui é conseguir um visual sem compromisso, meio largado e até um pouco sujo. Terão vários shows de bandas importantes do cenário rockeiro este ano, inclusive o Pearl Jam.

Para quem não está ligada no assunto, saiba que Pearl Jam é uma banda de rock alternativo que surgiu no começo dos anos 90 em Seattle e estourou na mesma época do Nirvana. Essa geração lançou um estilo musical próprio denominado grunge, que leva influências do hardcore punk, heavy metal e indie rock. Hoje em dia a banda continua aí firme e forte lançando sucessos mundiais ao comando do vocalista (gato!) Eddie Vedder e sua voz inconfundível.

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Depois de dois anos, Pearl Jam finalmente volta ao Brasil! A banda fará shows em várias cidades, também aqui no Rio de Janeiro. Ta aí uma oportunidade imperdível para quem gosta da banda, como eu que gosto bastante desde a adolescência, poder ouvir seu som ao vivo.

Eu quero comprar meu ingresso o mais rápido possível para não perder essa chance. Tenho vontade de ir ao show deles a bastante tempo pra vê-los tocando seus principais sucessos, como as clássicas “Evenflow”, “Jeremy”, “Black”, “I’m Mine”, “Alive”… e também as músicas mais recentes do álbum Lightning Bolt. Independente do setlist que escolherem pra tocar, todas as músicas são ótimas <3 #fã Se você pretende ir ao show porque gosta ou mesmo quer acompanhar o namorado (que tem bom gosto pra música rs) e não sabe direito como usar um look rocker bem legal, saiba que a regra é ir despojada. Aposte no jeans rasgado, camisa xadrez, gorro e bota/tênis.

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O estilo grunge é um pouco diferente do punk, que pede mais exagero e tem muitos acessórios com spike, piercings, cabelo raspado ou moicano. Já o grunge é mais despreocupado com a aparência, mais largadão.

Você pode montar um look grunge usando uma camisa de banda de rock (que você goste!), jeans detonado e nos pés uma bota surrada (coturno é a melhor opção) ou tênis all star de cano médio/alto.

Como o show é durante a noite, leve um casaco ou use uma camisa xadrez em flanela (vale roubar a do namorado, irmão ou pai) para se agasalhar. Aproveite também para misturar tendências de moda atuais e use um quimono.

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Além de estilo, o mais importante é se sentir confortável, escolhendo um calçado que te permita ficar horas em pé, pulando e dançando sem te machucar. Já a bolsa precisa ser pequena e de preferência de modelo tiracolo para que você possa segurar facilmente e pegar o que precisa no meio da multidão sem dificuldade. Aproveite aquela sua bolsa com franjas que tá ma moda.

Se quiser usar maquiagem, siga o estilo dramático, com muito delineador e lápis preto ao redor dos olhos, além de caprichar na aplicação de uma boa máscara para cílios à prova d’água. Se tiver paciência, você pode fazer um smokey eyes que combina bastante com essa vibe. Nos lábios, prefira os tons de vermelho e mais escuros, como roxo ou marrom. Já na hora de arrumar os cabelos, nem se preocupe muito. Use-os soltos mesmo e se sentir calor você pode prender com um lenço.

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A banda Pearl Jam vai tocar no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Belo Horizonte em novembro. Depois seguirão a turnê internacional pela América do Sul se apresentando na Argentina, Chile, Colômbia e México.

♫ Esse post foi feito ao som do cd Lightning Bolt lançado em 2013. Aperta o play e ouve aí:

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Radiohead in RIO DE JANEIRO

andando pelo centro da cidade em direção ao evento da minha vida, era possível identificar todos que também caminhavam ao mesmo destino.
rostos conhecidos, estampas nos peitos – também conhecidas -, sorrisos espontâneos que brotavam desapercebidos…
algum tipo de ligação unia os olhares. uma forte sintonia ligou os pontos na cidade maravilhosa.
um estado constante de ansiedade, um apocalipse sentimental. meu coração batia tão acelerado, que eu não sabia como suportar. só sabia que devia caminhar naquela direção e esperar a explosão musical mortal.
iríamos renascer milhares e milhares de vezes, a cada música, batida e balançar de cabeça daquele ser estranho com voz de anjo ao contrário.
chegamos e, o coração ainda pulsava. forte.
de todos os lados víamos os pontos se alinhando. sorrisos insistiam em brotar, passos rápidos, a ansiedade definitivamente nos consumia.
primeiro obstáculo, primeiro portão.
leve multidão se aglomerava. empurra, empurra.
nos deixe passar, nós queremos entrar. nós queremos morrer, estamos nús, tudo que precisamos está aqui.
nos vista. nos permita.
me senti nua, no meio de tantas pessoas, com o mesmo propósito.
todos sabiam o que estava guardado dentro do coração de cada um.
nenhuma palavra conseguia sair da minha boca. não consegui me concentrar em mais nada, a não ser nas surpresas, na casa dos cartões, na polícia, na emoção nua.
meu cérebro gritava e minha boca calava. EU QUERO ENTRAR.
entramos.
frenéticos não só em pensamento, mas também nos pés.
alucinados, acredite, alucinados, todos os pés corriam e todos os braços se debatiam.
era muita sede, muita fome, era muita vontade de estar ali. todos corriam.
algum choro pelos cantos, algumas risadas. alguns ‘corre, forrest, corre’. mas, mais uma vez, chegamos.
obstáculo número dois.
mais uma fila, mais coração pulsando e veias sobressaltadas.
senti meus joelhos tremerem. eu estava mais perto do que podia imaginar, de estar no auge do meu amor.
finalmente estávamos frente-a-frente da bomba. me senti com uma granada nas mãos.
não tinha mais pra onde ir, não haviam caminhos de fuga. a explosão era eminente, bem diante dos meus olhos.
dali em diante as horas oscilavam entre corridas e passos lentos.
los hermanos passou desapercebido, meu foco era outro. e quando eu tenho foco, nem uma bomba menor consegue desfocar. aliás, bem menor. quase um traque de são joão.
os alemães da geniosa e chocante banda kraftwerk sobem no palco e eu viajo alguns anos atrás.
lembrei de jogos em modo ms-dos que jogava num computador imenso. dos games de mão, dos cubos mágicos.
em meio a tanta imagem retrô, vi robôs e uma projeção ao futuro.
os integrantes da banda eram robôs sem movimento, fazendo uma música capaz de movimentar até esqueleto debaixo da terra.
o show passa tão rápido que meus pés, que não pararam no chão, não puderam notar.
de repente um som sombrio e uma magia atmosférica toma conta do espaço.
as pessoas começaram a ficar lentas e apreensivas. a sintonia já tinha conectado todos os pontos.
assim como as estrelas e os cosmos se ligam, as cabeças estavam ligadas.
e o som perturbador continuava…
conseguimos entender prq o simbolo do evento era uma formiga.
prq formigas trabalham juntas, na sua própria multidão, em função de um objetivo só.
e o nosso era poder contemplar toda aquela grandeza que estava nascendo diante dos meus olhos.
eles aparecem. meu deus, eles estão tão perto de mim.
visualizei meu windows media player, os desenhos psicodélicos, todas as poesias e poemas mais dolorosos que ganharam forma ao som de.
meu coração parou, assim como os meus olhos que olhavam estáticos aquele jogo de luzes sobre os famosos rostos que figuraram por tantos anos minha mente.
eles estavam ali. eu os senti como sinto meus cabelos em minhas mãos.
a primeira música, a introdução, foi o suficiente pra me fazer cair em cócoras com as mãos no rosto e meus olhos afogarem.
solucei, não suportei, solucei de tanto choro que jorrava minha face feliz.
gritei todos os palavrões que podia, pra tentar disfarçar o choro não contido.
chorei e não desliguei o corpo por quase todo o tempo que suportei.
meus pés não queriam o chão, eu não queria me acalmar. eu queria estar na explosão. e eu estava.
alcancei o auge do sentimento, da emoção, do prazer e da plenitude.
repeti dentro de mim mil vezes, que eu podia morrer prq eu alcancei o que todas as pessoas buscam a vida toda.
meu nirvana foi ali, naquela arquibancada, com visão privilegiada, brisa na testa, coração abalado e lágrima nos olhos.
eu morri e renasci, diante do fogo que invadiu o palco durante creep, durante os peixes em weird fishes, as nuvens em karma police e as surpresas em no surprise.
eu renasci ao ouvir obrigada rio, em ver o prazer em fazer arte, eu renasci em ver que tudo na minha vida fez um sentido inexplicável ao ver que vale a pena lutar pelo que se gosta, pelo que se ama fazer. pelo que se quer e compartilhar todo o prazer do fazer, ser e…SER.
eu
morri
em arco-
íris
de
sentimento.

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